sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Comer, comer. Comer, comer. É o melhor para poder crescer...



Pois é, aqui em casa a coisa não está funcionando muito bem não. Igor agora não quer mais saber de almoçar e muito menos de jantar, nem parece aquele menino que comia tanto ao ponto de chorar entre uma colherada e outra se demorasse muito de dar... Se depender dele agora vai viver de iogurte, suco e bolachinha de goma. 
Já me deram muitos conselhos: - Deixa ele com fome, quero ver se ele não vai comer; - Oferece a mesma comida o dia todo pra ele, assim é tiro e queda; - Segura ele e dá goela abaixo, depois ele acaba comendo sozinho. Mas é como eu digo, sempre vou respeitar a individualidade do meu filho, e depois de ler milhares de artigos sobre o tema, e conversar com a pediatra, vi que esta fase é normal e resolvi esperar mais um pouquinho pra ver se passa, antes de entrar com vitaminas, suplementos e afins, e aí vou contornando a situação com bom senso, responsabilidade e principalmente muito amor, paciência e respeito. Vou colocar aqui alguns trechos das minhas últimas leituras:




* Achei um artigo bem interessante , a primeira parte parece que está descrevendo exatamente o que acontece aqui em casa:


"A cena é conhecida por nove entre dez mães: depois de horas no fogão, preparando a refeição perfeita para o filhote, ele simplesmente se nega a experimentar. 



Você faz aviãozinho, monta uma carinha engraçada no prato, usa toda a sua lábia, inventa histórias, promete mundos e fundos se ele provar... mas aquele bebê tão fofinho se revela um monstrinho teimoso, que não tira a mão da frente da boca. 



Se forçar, pior ainda: ele cospe tudo, faz que vai vomitar e ainda abre o berreiro. Resultado: você troca o jantar por um iogurte, fica frustrada e o pequeno ainda se alimenta mal. E agora? Leia mais...


  
















Dicas para seu filho comer melhor: 


*Seja um bom exemplo

*Não insista demais

*Não tente bancar a chef de cozinha testando várias misturas

*Aposente de vez o aviãozinho.

*Substitua o alimento recusado por outro do mesmo grupo nutricional. 

*A criança deve comer primeiro com os olhos

*Assim como o humor, o apetite pode variar de um dia para outro

*Não tenha medo de impor limites

*Alimento não é recompensa e muito menos castigo

*Não ceda à chantagem da greve de fome 

*Não deixe os lanchinhos melarem a disciplina

*O lanche da escola deve ser uma continuação da refeição em casa."










* Este trecho é sobre a pressão dos pais sobre a criança na hora de comer:





Quando a criança não quer comerem muitas ocasiões, os pais, com um grande desejo de que a criança esteja bem nutrida, fazem da hora de comer o momento de mais tensão na casa, com angústia, ansiedades e reprovações às condutas da criança em relação ao alimento.


Come-se por necessidade, não por obrigação. A fome, que é a normal demanda do alimento, é diferente do apetite, que é o normal desejo de satisfazer o desejo. A conduta alimentícia necessita um guia e ninguém melhor que a mãe para valorizar este feito de grande importância no crescimento físico e emocional do filho.






* E por último uma tabela da necessidade de energia diária para criaças de 0 a 10 anos, com um alerta sobre a suplementação alimentar:





Veja as Recomendações de Ingestão Energética para crianças de 0 a 10 anos de idade:









IDADE

(anos)
SEXO
NECESSIDADE

ENERGÉTICA  (Kcal/Kg)
0 - 0,5
  M/F
 108
0,5- 1,0
  M/F
 98
 1-3
  M/F
102 
 4-6
  M/F
 90
 7-10
  M/F
 70


RDA, 1989

 
   De acordo com a tabela acima, observa-se que a necessidade energética vai diminuindo progressivamente à medida que a criança cresce, o que torna a falta de apetite uma ocorrência absolutamente normal. Se o corpo da criança necessita de menos energia, é normal que sua fome diminua. 
  As mães que insistem em dar suplementos nutricionais, sem orientação, podem estar contribuindo para que seu filho torne-se um obeso. Pois a energia extra que a criança está recebendo, sem precisar, passa a se acumular em seu tecido gorduroso. Mas, o que poucas mães sabem, é que o número de células gordurosas de uma pessoa é definido na infância (até 2 anos de idade) e existindo um número muito grande de células adiposas, no organismo adulto, para a pessoa controlar seu peso é mais difícil. Ao contrário daquela pessoa que, na infância, recebeu uma dieta balanceada e produziu um número normal de células gordurosas.








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